Carinho
Esse amor que me ata fortemente a ti
Com grilhão de vínculos inoxidáveis,
Desestrutura minhas quietações
E cria em mim esta saudade que não morre
Que vai me matando aos poucos,
E se fazendo cada vez mais árdua,
Diante de uma distância que se alonginqua
Quando a voz desaparece no gargalo da garganta
E a imagem se faz pálida nas reticências do olhar.
Fico impotente diante dessas longitudes artificiais:
- Não consigo voar com a velocidade da luz!
E assim vou vivendo uma espera doída
Dentro de uma esfera doida,
A minha vida,
Onde só sinto apartamentos.
Porque, mais do que os carinhos que certamente me farias,
Sinto falta dos carinhos que preciso te fazer,
Incondicionalmente.
Oswaldo Antônio Begiato
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